sexta-feira, 17 de julho de 2015

5 fatos sobre a Coréia do Norte

País mais fechado do mundo, a República Popular Democrática de Coreia (RPDC) - nome oficial da Coreia do Norte - é pródiga em inventar mentiras que não servem para nada além de exporem a própria nação ao ridículo. Pena que muitas de suas mentiras que viram piadas no Ocidente não têm a menor graça para o povo norte-coreano, faminto e oprimido por uma ditadura belicista e autoritária. Entre os inúmeros rumores sobre a Coreia do Norte, já se ouviu dizer que pessoas são executadas, que existem lugares semelhantes a campos de concentração e que os líderes esbanjam dinheiro enquanto algumas pessoas passam fome e vivem em condições difíceis – não que isso não aconteça por aqui, não é mesmo? Conheça agora os fatos mais bizarros da Coréia do Norte. 



1- Maconha é legal e não é considerado como droga

Não há tabu em torno de fumar maconha na Coréia do Norte. Muitos moradores conhecem a droga e a fumam regularmente. A utilização e distribuição de drogas pesadas como a metanfetamina cristal é condenada a pena de morte, mas a maconha não é vista como ilegal ou de forma alguma policiada. A erva nem sequer é considerada uma droga. Como resultado, é extremamente normal cavalheiros norte-coreanos darem algumas tragadas diárias. Para os fumantes da erva daninha, pelo menos, a Coreia do Norte pode ser apenas o paraíso depois de tudo.

2- Seis soldados americanos fugiram para a Coréira do Norte

“Eu estava farto de minha infância, meu casamento, minha vida militar, tudo. Eu era um caso perdido. Há apenas um lugar para ir”, disse James Dresnok, o último desertor USA vivo na Coréia do Norte. Em agosto de 1962, ele entrou no campo minado e cruzou para o país asiático.Logo após sua chegada, Dresnok conheceu Larry Allen Abshier, outro desertor americano. Eventualmente, houve quatro deles: Abshier, Jerry Parrish, Charles Robert Jenkins, e Dresnok. Os quatro homens viviam juntos e participaram de vários esforços de propaganda em nome do governo norte-coreano. Eles apareceram em capas de revistas e usaram alto-falantes para tentar persuadir mais soldados americanos na fronteira para que desertassem. No entanto, no início eles não queriam permanecer na Coreia do Norte por tempo indeterminado. Em 1966, tentaram deixar a o País, buscando refúgio na embaixada soviética em Pyongyang, mas foram imediatamente entregues a autoridades norte-coreanas pela embaixada. Depois, Dresnok decidiu estabelecer-se na Coreia do Norte e aceitar seu destino. Casou-se algumas vezes e está atualmente com a saúde debilitada.

3- Durante 20 anos, a pirâmide em Pyongyang foi o hotel mais alto do mundo

Com 105 andares, o Ryugyong Hotel foi projetado para ser o hotel mais alto do mundo no final dos anos 80, mas a construção foi interrompida em 1992, pois o país entrou num período de crise econômica após a queda da União Soviética. Jornais japoneses estimaram o custo do hotel em $750 milhões, o que representa 2% do PIB da Coréia do Norte. Por mais de uma década, o edifício inacabado permaneceu vago e sem janelas, luminárias, ou acessórios, aparecendo como uma concha de concreto maciço. No final de 1990, a Câmara de Comércio da União Europeia na Coréia inspecionou o prédio e concluiu que a estrutura era “irreparável”.

4-O Regime Comunista classifica um filme de Hollywood como um ato de terrorismo.

 Sem nenhum senso de humor, o regime comunista reclamou e classificou uma comédia hollywoodiana de "ato terrorista". O filme ‘A Entrevista’ tem James Franco no papel de um apresentador de talk show e Seth Rogen no de produtor. Ao saber que Kim Jong-un é um fã do programa, eles resolvem viajar a Pyongyang para entrevistá-lo. A CIA fica sabendo dos planos e resolve recrutar os dois para matar o ditador. Se não bastasse a reclamação e as ameaças ridículas, a Coreia do Norte chegou ao disparate de manifestar sua indignação para a ONU. A estreia do filme nos EUA chegou a ser suspensa depois de um ciberataque contra o estúdio reponsável pela produção. Pyongyang negou envolvimento, mas saudou o trabalho dos hackers. No final, a produção chegou aos cinemas e provou ser tão risível quanto o cruel regime da Coreia do Norte -- no mau sentido.

  5- Existe uma lei que proíbe sorrir

 No dia 8 de julho é proibido sorrir na Coreia do Norte. Isso mesmo, por mais surreal que possa soar, a risada é vetada neste dia. O motivo é que este dia marca a morte de Kim Il-sung, o fundador do país, avô do atual ditador Kim Jong-un. O decreto existe desde 1994 e proíbe sorrir, levantar a voz na rua, beber álcool e dançar porque todo o país está de luto. Neste dia, a rede de televisão estatal norte-coreana dedica o dia transmitindo a solene – e chata – cerimônia oficial em homenagem ao 'presidente eterno'.


6- O ditador Kim Jong-un teve 100% de votos positivos na eleição

O ditador Kim Jong-un transformou o sonho impossível de muitos políticos em realidade. Nas últimas eleições no país, em março, ele obteve todos os votos válidos. Isso mesmo, ele teve 100% dos votos e sem abstenção. O truque que lhe garante a eleição perfeita é simples: em cada uma das quase 700 circunscrições do país havia apenas um candidato, ele mesmo. Os eleitores podem optar apenas entre 'sim' e 'não', com a ressalva de que escolher o 'não' ou abrir mão de votar pode ser considerado um perigoso ato de traição – obviamente, as cabines de votação não são privadas. Na prática, o pleito serve para as autoridades detectarem deserções no exterior, já que o regime usa os dados dos eleitores – todas as pessoas com mais de 17 anos – para atualizar o censo, e os funcionários responsáveis por organizar o processo eleitoral visitam todas as residências para confirmar a presença ou ausência de eleitores registrados.

  7-KCNA comprova a existência de cavalos mágicos com chifres na testa
Um dos pontos mais altos da criatividade norte-coreana em criam mentiras é tão fantasioso que beira o delírio. Em 2012, em uma tentativa de mitificar uma pretensa superioridade do povo norte-coreano, a agência estatal KCNA anunciou a comprovação da existência de cavalos mágicos com chifres na testa. Isso mesmo, unicórnios! A notícia foi comprovada pelo Instituto de História da Academia de Ciências Sociais da Coreia do Norte. A “prova” da existência desses animais míticos seria a Toca do Unicórnio do Rei Tongmyong, fundador do Reino Koryo (918-1392), que teria sido achada por arqueólogos norte-coreanos.

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